quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pai

Sentada num hospital, a espera de um sinal, que haja perseverança, enfim esperança.
Vês o teu pai, deitado numa cama, rodeado por quem o ama e aos poucos la se vai.
Tentas perceber, o teu sofrimento, para entender.
Sofres, choras, gritas e imploras, nada parece mudar, o teu amor não o pode salvar.
O que sentes? Raiva, revolta, impotente, mas quando te perguntam mentes, e dizes que estas contente.
Que é uma coisa passageira, apenas uma dor ligeira, mas sabes que é bem pior, não existe mais nada a teu redor.
Vives para o teu amor mais importante, o teu pai que sempre te apoiou, sempre te amou, sentes um amor constante.
É triste, vê-lo encoberto de sangue, e teres de fingir que nada viste, nada dizes, algum dentro de ti diz "caluda", a tua dor é muda, tu e a tua família vivem infelizes.
Falta-vos um elemento, sem ele tudo se torna no maior tormento, ele é o vosso pilar, agora nada têm a vos segurar.
Nada faz sentido, o vosso mundo está perdido, dele sentem falta, tristeza nunca foi tão alta.

Finalmente, ele volta para casa, para ele sorris alegremente, quando ele por ti passa, mas nos seus olhos, algo está mudado, vês através dos seus folhos, um sentimento macabro, ele esta em sofrimento,  a tua agonia vem por acrescento, sentimento violento, que tanto o teu coração magoa, das tuas lágrimas formas uma lagoa.
Isto não vai parar, não vai passar, enquanto não o vires a sorrir, e o seu sorriso de novo brilhar, e livremente o poderes acompanhar.

Sociedade II

Depois de o lado negativo, da sociedade dizer, o positivo, tinha de ver.


Vejo pessoas egoístas, mas outras apologistas, de o seu tempo doar, para os outros ajudar.
Vejo crianças felizes, apesar dos seus pequenos deslizes, sempre presentes e inocentes.
Vejo famílias em hospitais, pois os seus la estão, e pacientemente esperam com todo o seu coração, alguma recuperação, e o tempo é sempre demais, doloroso demais, mas nunca cansativo demais, por quem amam, fazem coisas sobrenaturais, nunca reclamam.
Vejo casais de idosos, olhando para trás sem remorsos, vidas marcadas, por vezes exploradas, magoadas ao recordadas, do que passaram, coisas que os mudaram, coisas que viram, aos poucos esqueciam.
Vejo pessoas tão focadas, na procura de respostas, sem para elas estarem preparadas, as perguntas ainda nem foram postas.
Vejo pais,  a porem-se em segundo lugar, para os seus filhos alimentar, fome passar, e mesmo assim o seu sorriso brilhar como cristais, amor de pai não há igual, mas o de mãe é deveras especial, 9 meses nos carregar, para depois sofrer, chorar, gritar, para nos ter, mesmo assim mal que para nós olha, chora compulsivamente de felicidade, com lágrimas o seu rosto molha, é uma imediata cumplicidade, amor eterno, para mim é o materno, vá, não esqueçamos o paterno, ele de nós não se irá esquecer, com o nosso choro os seus ouvidos vamos ensurdecer, e mesmo assim amados seremos, até perecermos, o que supera este amor? Nada, absolutamente nada.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sociedade

Sociedade, toda a gente fala dela, agora é a minha vez de falar.


 Não consigo chamar sociedade, a uma turma cheia de maldade, onde toda a gente se esconde atrás de uma pluma. Onde pessoas são postas de parte, essas pessoas podem ser, as que mais precisam ouvir um "eu posso ajudar-te", que não é o fim que vão sobreviver. Mas preferem viver na ignorância, sem se aperceberem da distancia, que estão a construir, mas um dia o seu mundo vai ruir.
 Toda a gente Precisa perceber, que somos um por todos e todos por um, que necessitamos de tudo e todos para viver.
 Vivo numa sociedade, onde pessoas com deficiências mentais, são afastadas como animais, vivo rodeada de futilidade. Onde a beldade, é um bilhete para as relações, onde nenhuma é verdade, apenas ambições.         Nenhuma sentidas, todas mentidas, onde mulheres são agredidas e se sentem perdidas.
 Ninguém é de ninguém, tentamos amar porem, mas raramente é correspondido e realmente sentido.
 Sonho com um mundo de igualdade, anseio ter uma verdadeira amizade, sonho com todas as etnias juntas, sem discussões imundas.
 Quero poder dizer, que tenho orgulho em viver, nesta sociedade, supostamente civilizada mas com falta de verdade, amabilidade enfim amizade.
 Onde uma pessoa dedica uma vida ao que acredita e acaba morta num quarto por não ser socorrida, as pessoas nao vêm os sinais nem os mais banais.
 Toda a gente se acha superior, olham para os outros com pudor, gozam com quem é diferente, porque não tem coragem para dar esse passo valente.
 Criticam, mas no fim mendigam, por algum perdão, compaixão, alguém que os levante do chão.
 Aqui não existe nenhum eleito, ninguém é perfeito, mas os mais velhos merecem algum respeito, ninguém tem o direito de isso lhes tirar, pois eu queria te ver a lutar, prevalecer numa guerra ou pior pelo teu país morrer.
 O povo chora, pois a população que vem de fora, é descriminada em vez de a sua cultura ser aproveitada.
 Machismo, onde mulheres são oprimidas, dores são sofridas, espécie de terrorismo, milhões de mulheres são afectadas, mas pelo amor são encadeadas e continuam a sofrer, sem nada conseguir dizer.
 Tanta coisa para corrigir e tão poucas pessoas para agir, eu vou ajudar e tu ?
 Sei que o mundo não posso mudar, mas posso tentar, quem sabe se não irá resultar e todo o mundo começar a perdoar e a mutuamente se amar, respeitar ... Ahh, como é bom sonhar.
 Como adoro no meu mundo viver, de tudo me abstrair, apesar de sofrer sempre sorrir.


Apenas uma reflexão vinda do coração.